sábado, 30 de maio de 2009

La politesse française

Il y a une chose très remarquable qui différencie les moeurs des peuples français et brésilien. Ceci fait quelques jours (pas beaucoup), pendant que je bavardais avec une amie, on réflechissait à la politesse des français comme en étant une des caracteristiques les plus fortes de ce peuple-là en niveau de comportement ― ce qu'on peut bientôt appercevoir, et qui les rend distingués par rapport au notre pragmatisme.
On entend dire souvent que les français sont plus froids, intimistes, et même arrogants. Et, d'autre coté, les brésiliens sont plus ouverts, amicaux, détendus etc. Mais s'il y a une chose qu'ils décidemment ont c'est de la politesse. Politesse celle-ci que nous n'avons pas, au moins non pas comme eux. Ils disent "bonjour", "excuse-moi", "s'il vous plaît" etc, tout le temps, tandis que nous... bien, on ne les dit que bien quelquefois. Cela appartient à leur culture, à leur façon d'intéragir les uns avec les autres, toujours d'une manière très polie, sans jamais en oublier.
Si on rencontre quelqu'un à la rue, soit une personne qu'on voit avec fréquence, soit une que l'on ne voit que de temps en temps, on aura probablement un comportement envers cette personne, pour la saluer et prendre une conversation, bien différent de celui qu'un français aurait s'il était dans la même situation.
L'être direct des brésiliens agace assez les français qui y vivent. Lorsque j'écoutais une interview en vidéo, un français marrié avec une brésilienne disait qu'au début de leur relation il ne pouvait pas accepter la façon trop directe des brésiliens: ils se serrent les mains, ils se touchent, ils ont une proximité étonnante...il ne faut pas attendre que la relation se developpe (ce qui peut durer des mois) pour demander le changement du vouvoiement pour le tutoiement ― comme le font les français. Non, au Brésil, on crée de l'intimité avec une personne toute inconue au métro, une personne qu'on n'a jamais vu et qui, d'un coup, devient très proche, quasiment une amie d'enfance. Ce type de proximité fait peur aux français, toujours très respectueux et polis.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Madrinha do Club de France

Na última quarta, 27, a atriz Maria Fernanda Cândido esteve em Vitória por uma razão que conto já.
Aqui isso tem valor-notícia, pois a atriz ― casada com um chef francês (Petrit Spahija), com quem tem dois filhos ― foi eleita madrinha do "espaço cultural Club de France".
Não, não venho falar de novo sobre o espaço. Basta né?! O fato em si é que vale salientar.
Quanto àquilo, há tantas perspectivas/opiniões quantas forem as impressões e os interesses das pessoas. O que não me agradou lá muito, rendeu elogios de muitos (blog "Pano pra Nanda"), principalmente a galera do mundo da moda e afins, que não deixaram passar em branco o "amadrinhamento". E, claro, não deu outra: muita gente querendo sentir o ar da graça que a beldade global deu pelos ares capixabas ― agora pretensamente mais refinado e touché pelas marcas francesas.

Vejo aqui entrevista com Maria Fernanda Cândido falando sobre a vida e tudo o mais.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

L'avenir leur appartient; quand-même, ils reçoivent les salaires les plus bas


A coisa está feia! Mas não é só aqui não. Filtro aqui post-filtro do Malini, em ensejo a uma discussão polêmica.
Os jornalistas da imprensa francesa se queixam de sua situação de trabalho, que beira a escravidão: os que trabalham na web (e "ralam" muito) ganham muito menos do que os da mídia impressa.
Para onde caminha o webjornalismo?
Mesmo a par da confluência do devir na web, os webjornalistas franceses ainda estão sob o fardo dos olhares de desprezo dos mais bem-remunerados do papel. Até quando?

Vejo Artigo no LeMonde sobre essa situação e reflito.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dans l'air

"La chute", em português simplesmente "a queda", é o nome da série fotográfica do francês Denis Darzacq. O objetivo? Não é nada mirabolante... funciona mais ou menos assim: ele usa street dancers para fazerem performances "aéreas" e captura no momento em que os corpos estão suspensos, dando a sensação de que estão em queda livre. O efeito é muito intrigante. C'est génial!
Eu vejo mais no blog da Natalia Pompermaier.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Concerto!

Aos frequentadores do Cemuni que ali fazem plantão volta e meia, ou de passagem, num momento pós-RU, aconselho a experienciar o sublime-transcendental que a música proporciona.
O pessoal do projeto de extensão "Musivamentando" vem trazer coisas legais com projeto REC: it all, agora com o mês do violão.
Por acaso, assisti hoje a uma apresentação e gostei muito — especialmente da Libra Sonatine, em violão, que é de composição do francês Roland Dyens. Eles se apresentam às terças-feiras, 12:30h, na sala 2 - Cemuni V.
Pra que prolongar o efeito de peso do RU se a música revigora, acalma, e faz-nos sair mais leves?


domingo, 24 de maio de 2009

Encerramento de Cannes 2009 hoje

Cette dernière édition du Festival de Cannes termine aujourd'hui, le 24 mai 2009. Sur la presse française j'ai pu voir des informations concernentes au résultat du festival.
L'attendu Palm D'Or de cette année est à «Le ruban blanc» de l'autrichien Michael Haneke.
De plus, le réalisateur français Allain Resnais a gagné un prix exceptionnel! Il ne faut pas oublier de voir plus.

Esta última edição do Festival de Cannes termina hoje, 24 de maio de 2009. Na mídia francesa pude ver informações referentes ao resultado do festival.
O esperado Palma de Ouro deste ano foi para "Le ruban blanc", do austríaco Michael Haneke.
Além disso, o diretor francês Allain Resnais ganhou um prêmio excepcional! Ver mais.


sábado, 23 de maio de 2009

Le téléjournalisme français paraît différent!

Costumo assistir a reportagens no TV5, e não dá pra deixar de reparar nas diferenças entre o telejornalismo de modelo francês e o brasileiro.
Aos acostumados a Jornal Hoje, Nacional, ESTV, Jornal da Band e tantos outros telejornais brasileiros, nota-se facilmente a diferença destes em estrutura em relação aos francófonos.
O que me chamou a atenção foi a locução mais acelerada dos âncoras e repórteres daqueles telejornais (os franceses). Eles falam bem mais rápido e, ao mesmo tempo, têm uma dinâmica de ênfase que dá uma certa musicalidade, de modo diferente de como acontece aqui.

Nos vídeos, dá pra perceber as peculiaridades. N'alguns casos, chega a ser hilário.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Le récit d'une expérience

Este blog tem tido a pretensão de mostrar coisas interessantes, abordando aspectos positivos da pátria de Molière, tanto quanto tem mostrado suas boas facetas, e um pouco — até então — (do bastante) daquilo de bom que tem a oferecer.

Porém, nem tudo são flores, sobretudo quando há quem insista em mostrar o lado não tão bom das coisas, ou então faz questão borrar as bordas de um belo quadro.

Eis o que me traz a “desflorear” as coisas e desvelar o putrefato membro de algo que foi feito tão-somente para brilhar. Muito teimaria não fazê-lo. Muito gostaria eu que fosse “autrement”, “différemment”. Bem que poderia sê-lo; se tudo pudesse continuar se delineando floreadamente, quão jubilosos poderíamos estar, e assim permanecer. Mas toda realidade, por mais mirífica que seja, tem marcas que lhe sujam a aparência, lhe corrompem a essência. E, de repente, sobre um belo afresco vem a derramar-se uma gota de vinho tinto que mancha a tela, inebria as cores, ofusca-lhe o brilho e reveste-lhe de ignomínia.

Até então, nada clarividente deve ter sido o que aqui lhes narro. Afinal, nem mesmo este autor ao presente instante está convicto daquilo que suas falanges redigem parcimoniosamente. A intenção de princípio era relatar literariamente algo de teor jornalístico. Simples intento; se logrado, porém, cabe-te a ti que me lês descobri-lo, ao longo desta inenarrável angústia que ora tento verbalizar.
Pois é...se o dever me chamava, embora não quisesse ouvi-lo, embora relutasse em atendê-lo, não teve jeito. Cedi-me à vontade, mesmo sem vontade. Meu desafio aqui é tentar ser poético e sutilmente sofisticado — algo genuinamente à francesa, diga-se de passagem —, sem, contudo, ser prolixo. E aqueles que me conhecem entendem o que intento dizer ao referir-me a dificuldade.
Às vezes, vem-me um ímpeto de apagar caractere por caractere (acho “caractere” algo tão martirizante!) do que escrevi até agora, porquanto me ocorre a sensação de que a proposta inicial passa longe do que estou a fazer aqui.
Como dito, tratava-se originalmente de um perfil/crônica, de um texto com teor jornalístico e escrita literária. Não seria nada demais, não fosse o plus da questão: o personagem dessa história não haveria de ser humano. Aqui está inserido o quase-impossível da coisa. Achar um personagem relacionado ao assunto deste blog, que não fosse humano, e sobre o qual eu pudesse apurar, sondar e então relatar...haja verve, haja espírito!
Depois de muito vagar errante à procura do que me oferecesse as características necessárias para compor meu objeto ideal, cheguei à conclusão de que não o havia encontrado exatamente.
Vitória não é dos melhores redutos de qualquer coisa que inspire França. Fato. Mas, a certa altura de minha sondagem angustiosa, deparei-me com um cartaz afixado num desses murais da Ufes. Heureca! Havia sido por um instante alguém de sorte grande, enfim — pensei. Tinha o mapa do tesouro em mãos. Só me restava localizar o “X" e ir-lhe ao encontro com todo o ímpeto que me houver.
Hã? O que divulgava o misterioso cartaz, que por um instante me parecia ter sido a solução para o que me acentuava as rugas do semblante? Ah, sim... Ele divulgava o “Espaço Cultural Édith Piaf”. E o mapa do tesouro me indicava o endereço que devia seguir.

Eu tinha que conhecer aquilo. Estava apreensivo. A respiração, ofegante. O coração, esperançoso. Meu ser, curioso, acima de tudo. O que me esperava lá? O que haveria de encantador, que fizesse jus ao nome com que foi batizado? Estava convicto de que teria muito a apurar e a descrever, de modo que em dez mil caracteres, sequer titubearia ou teria de recorrer a divagações. Louváveis anseios quiméricos!

Um espaço cultural dedicado à França nos arredores de chez moi parecia-me realmente a salvação. Foi então que descobri que o dito espaço era agregado ao Club de France, sobre o qual já ouvira rumores e até pusera post-filtro aqui semana passada. Eu de fato precisava conhecer o lugar.
Foi então na quarta, depois da aula, chamei dois amigos a ir comigo visitar o espaço. Ao chegar lá...

Bem, depois de uma certa dificuldade para encontrá-lo, na rua Celso Calmon, Praia do Canto, o primeiro contato. Seguiu-se uma sensação que não consigo descrever, lamento. É inefável, mas foi algo próximo a uma certa estranheza. Não era bem o que eu esperava ter encontrado, aliás, era extremamente diferente do que imaginara.

Qualquer edificação que se nomeia por Club remete imediatamente à ideia de algo espaçoso. Não foi, porém, o que a fachada do estabelecimento transpareceu. Aproveitando o trocadilho, até que transparente era. Havia muito vidro. A entrada era em vidro, o meio em vidro, vidro pelos fundos também havia, sem contar o segundo andar. Era uma maison de vitre.

O problema, adianto, estava na disparidade entre “ser” e “parecer”. A divulgação do espaço foi muito intensa; ganhou a grande mídia, os blogs, a mídia colaborativa, os meios alternativos de informação etc. A publicidade na divulgação não pecou. Em nada pecou, pois a existência do Club de France era conhecida de muitos, principalmente na Universidade, onde por toda parte havia cartazes divulgando-a.

Pela comunicação feita em torno do novo espaço, difícil seria achar quem não tivesse ficado pelo menos curioso em saber o que ofereceria, ou mesmo instigado a conferir o que de Paris haveria naquele lugar.

Aqui me vem à tona muito claramente uma questão de imagem. Quem trabalhou a comunicação institucional do ambiente construiu uma imagem muito sedutora e atrativa, com certeza. Mas o quão verossímil e em que medida a imagem realmente equivale à identidade daquele espaço...voilà uma coisa a se refletir.

De imagem, havia uma avalanche saltando sobre meus olhos, ainda ávidos em percorrer toda a ambience. Um simpático caminho nos conduzia da calçada da rua à fachada do estabelecimento. Caminho de pedras ladeado por um arranjo botânico vistoso e aconchegante.

À porta, junto à entrada, um segurança intimidativo desses que se põem a guardar a segurança das pessoas em eventos e cerimoniais. Terno, gravata, ar desdenhoso. Da altura de seus 1,90m, que devia ter, abriu-nos a porta de um ar servil e méprisant, como o fazem mordomos de madames francesas tal qual se vê em filmes.

Ao primeiro passo dado no interior do estabelecimento, entreolhamo-nos surpresos. Uma escada no canto direito, cujo acesso não sei para onde dava. Na verdade só fui reparar nela quando estávamos já de saída. À nossa frente, um funcionário elegantemente vestido recebeu-nos com uma voz calma e fresca. Não lhe demos muita atenção, ao que ele respondeu à altura, e continuamos a adentrar. Podíamos perceber o ar forçadamente refinado das pessoas que ali se deixavam encontrar, tendo sob os pés uma cerâmica de porcelanato que dava para ver o reflexo, tamanha polidez. Polidos tentavam ser, ou parecer, aqueles funcionários que balbuciavam entre si em baixa voz, quase aos cochichos.

Roupas e artigos de luxo já evidenciavam o que se pretendeu na divulgação ao dizer do ambiente ser um “pedaço de Paris em Vitória”. Era claro que a fatia que arrancaram da Cidade Luz foi a mais cara e opulenta. Ao espiar o preço daquelas roupas e calçados, aturdi-me e, de pronto, fez-se silêncio em meu interior. Engoli seco, e continuamos explorando o ambiente, eu com olhar atento e sem perder um detalhe.

No segundo ambiente, rodeado por uma espécie de cúpula de vidro, havia um café — o aclamado café que se dizia inspirado no famoso Café de La Paix — e mesas e cadeiras imitando um ambiente parisiense. À esquerda, uma porta palaciana de efeito decorativo, dava pra lugar nenhum, creio. Por ora, só olhávamos, percorríamos os olhos do chão em porcelanato ao pé direito suntuoso, ao estilo Grand Palais. Paredes amarelas, muitos adornos em dourado, remetendo à opulência aurífera e magnitudes imponentes.

Luxo é um adjetivo que designa categoricamente o ambiente Club de France que se nos deu a revelar com um certo glamour, mas nada que me fizesse sentir Paris. O Espaço Édith Piaf, onde estava a exposição, era o mesmo descrito acima, o mesmo do Café. Tudo em um, um tanto apertadinho, acomodando uma dúzia de quadros de Gregory Fink — um pintor inglês! Vale ressaltar que não notamos naquela mixórdia de espaços uma exposição. Atravessamos flutuantes aquele lugar até os fundos e só então nos demos conta de que passamos por "dentro" da exposição sem notá-la.
Já assentados em puro veludo de confortáveis e pomposas cadeiras, fomos abordados por um dos funcionários que se ocupava do Café (onde havia um menu com vinhos argentinos, venezuelanos, franceses etc, que tive em mãos a extasiar-me com os preços). O exótico sujeito veio-nos servir meia taça de guaraná, querendo parecer receptivo, e teve o despautério de dizer: — "Vou servir um pouquinho de refrigerante, que é pra vocês voltarem". Disparada a máxima, deu um sorrisinho forçado e retirou-se. HAHA Foi o ápice dos momentos.

Da "exposição"...notamos que não havia pretensão essencialmente artística, e, se havia, era majestosamente ocultada pela venalidade de um espaço vazio em significado cultural e repleto de artigos de luxo, cujo preço só permite o acesso dos muito ricos. Clientes? Na metade de uma tarde que permanecemos por lá, não os vimos, salvo gatos pingados que possam ter-nos passado desapercebido.

Ao que vi no primeiro andar — a comprovação de que o Club de France não ia além de uma boutique de luxo —, preferi nem me dar ao trabalho de subir os diáfanos degraus que eram alvejados por uma funcionária (vestida servilmente, botas, touca e luva — uma figura completamente destoante naquele refinado, e ao mesmo tempo hostil, lugar), rumo ao segundo andar, onde funcionava um SPA.

Soa realmente muito hipócrita divulgar à população universitária um espaço cultural numa cidade onde isso é raridade, deixando uma interrogação quanto ao “cultural” do termo. Só esqueceram mesmo de representar a cultura que a França evoca, porque na decoração, foram impecáveis. O cenário imperioso era digno da pompa.

Mas aquela Paris, ali representada, mantém discrepâncias estarrecedoras ao que creríamos uma Paris dos sonhos, que se mostra mais tangível e propensa a sair do plano onírico e ganhar o centro do deleite de pessoas mais, digamos, comuns.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Étudier journalisme à Paris serait magnifique

Pra não perder o costume, vasculhando algo relacionado a jornalismo e França na blogosfera, encontrei isto aqui.
É o blog do Rodrigo de Arauto, falando de um concurso internacional para o Centro de Formação de Jornalistas de Paris, o CFJ, que abre oportunidade de estrangeiros que dominem fluentemente o idioma francês estudarem jornalismo em Paris, e de quebra estagiar em mídias europeias e tudo o mais.

Pena que já passou a data, eu ainda não sou fluente, e não teria 15 mil euros para arcar com as despesas. Lembrando que não há instituição de ensino superior gratuita na França. =/

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Plus de régards sur le Brésil: un touriste français décrit son tour à Rio

Il est enchanté avec la ville merveilleuse. Il a vachement envie de la connaître, mais en même temps il a peur de la violence, sur laquelle il a beaucoup entendu parler. Sous deux aspects, cette ville se lui montrait: d'un côté, ses merveilleuses plages (Ipanema, Copacabana...), ansi que la chaleur du peuple, qu'on lui disait être très convivial et détendu. D'autre côté, ce qui lui faisait craigner d'y rendre visite et y faire connaissence — la violence, le trafic de drogues et une image negative qui fait peur aux touristes. Il voulait connaître, quand-même, le carnaval, le samba, la "caipirinha", témoigner l'amour que les brésiliens ont envers le football. Dans son blog, ce français qui voyage pour le monde enregistre ses expériences dans chaque pays qu'il visite, si bien que ses impressions. Dans cette page, vous pouvez voir comment a été son arrivée à Rio, son partage entre le peur d'être volé par quelqu'un et l'enthousiasme de faire vite connaissence de la ville merveilleuse. Il y raconte tout, c'est bien intéressant.


Ele está encantado com a cidade maravilhosa. Ele tem muita vontade de conhecê-la, mas ao mesmo tempo tem medo da violência, sobre a qual ele muito ouviu falar. Sob dois aspectos, essa cidade se lhe mostrava: de um lado, suas maravilhosas praias (Ipanema, Copacabana...), assim como o calor do povo, que lhe diziam ser muito convivial/receptivo e tranquilo. De outro lado, o que lhe fazia temer visitá-la e conhecê-la — a violência, o tráfico de drogas e uma imagem negativa que amedronta os turistas. Ele queria conhecer, não obstante, o carnaval, o samba, a caipirinha, testemunhar o amor que os brasileiros têm pelo futebol. Em seu blog, esse francês que viaja pelo mundo registra suas experiências em cada país que visita, assim como suas impressões. Nesta página, você pode ver como foi a chegada dele no Rio, sua divisão entre o medo de ser roubado por alguém, e o entusiasmo de conhecer logo a cidade maravilhosa. Aqui ele conta tudo, é bem interessante.

terça-feira, 19 de maio de 2009

La France d'aujourd'hui, que nous fait-elle entendre?

Par contraste à la France raffinée, qui est une référence classique que nous avons de ce pays-là, a França contemporânea é bastante diferente. Hoje percebe-se claramente a pluralidade e a heterogeneidade desse povo — e olha que eu nem precisei (ainda) ir até lá para constatar isso. A França é hoje um dos países que mais recebe turistas de toda parte, e também um dos mais abertos aos estrangeiros.
Eis que essa pluralidade configura um novo padrão cultural. Coexistem o passado e o presente, o clássico e o contemporâneo, fundindo-se tendências, experimentando-se novos estilos . E dessa diversidade — com influências vindas de toda parte — surgem coisas interessantes, como o Slam.
Le Slam é uma espécie de versão francesa do nosso conhecido hip hop. Porém com um teor mais poético e nuances próprias.
Eu vejo mais no "A Paris, manger beaucoup de fromage", blog coletivo mantido por 4 portugueses.



Indico o blog do Rafael Cossetti, que tem várias coisas legais sobre um pop mais reflexivo, para além do que se ouve nas rádios. Verdadeiros achados. ;)

Les classiques

O charme da França do século XX foi doucement cantado na voz dos grandes da chanson française.
Não poderia deixar de tratar aqui da música francesa peculiar, com seu estilo irreverente, forte, mémorable, que encantou milhões de ouvidos em todo o mundo em meados do século passado. Quem nunca ouviu falar em Édith Piaf (Non, je ne regrette rien, La vie en rose, Hymne à l'amour...), Charles Aznavour, Ives Montand, Jacques Brel (Ne me quitte pas...) e outros pilares desse estilo musical que hoje já não tem mais tantos fãs, mas que já lotou muitas plateias?
O autor do blog Filosofia de Botequim relata um pouco de como conheceu a bonne musique, e, o mais interessante, da reação que teve quando os ouviu pela primeira vez: não viu nada de grandioso, e até achou a voz de Piaf desafinada!
Mas geralmente a empatia não se dá no primeiro contato. Quando a ouvi pela primeira vez, também tive reação bem similar. Mas é preciso ouvir outras vezes para adestrar os ouvidos, tão desacostumados a esse tipo de música.



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lemarchal

No blog da amiga Letícia, música boa na voix d'un ange, como ela mesma descreve Grégory Lémarchal. E não haveria de ser diferente, o cara canta muito bem. Uma pena terem solicitado tão cedo a presença dele, talvez para ocupar o posto que lhe define a voz...

Concurso de Slam

No rol das atividades previstas neste ano da França no Brasil, está um concurso de Slam!
A primeira edição para preparação do concurso ocorreu em fevereiro, e estão organizando agora, entre 21 e 23 de maio, uma segunda edição.
A final será em Brasília, onde competirão dois participantes entre 09 a 12 de junho. Seis contemplados terão estadia gratuita em Paris de 21 de junho a 02 de julho!
Pra quem manda bem no slam, vale a pena exercitar o lado poético-musical e a sagacidade. Regulamento, vejo o link acima.

domingo, 17 de maio de 2009

Marcas da pregnância francesa

Não resisti ao comentário de um fait divers que ilustra literalmente a pregnância francesa. Não falo de perfume francês não.
A pregnância à qual me refiro é da torre Eiffel que uma inglesa conseguiu cravar na mão enquanto fazia exercícios.
Depois do incidente, a britânica Amy Preston, 28, teve que fazer uma intervenção cirúrgica para remover o artefato. Pelo menos ela soube cair — e se ferir — com classe.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Encore à propos de la révolution de mai 68

Estava convencido de que n'algum momento na vida deste blog incipiente inevitavelmente eu haveria de escrever sobre contracultura.
A França inspira espírito subversivo — que se traduz na própria história do país sob a forma de inúmeras revoluções —. E um blog que se propusesse falar da França sem ao menos aludir ao maio de 68 não seria digno de crédito. Cá estou, alors.
Algo me chamou atenção no blog Antitextos. Lembrou-me, talvez, aquém do maio 68, o movimento da contracultura em si, com suas implicações; remeteu-me às aulas de jornalismo online, por trazer assuntos que permeiam o advento da internet e tudo o mais.

Une jeunesse puissante

Seria possível traçar um perfil da juventude francesa?
O que pensam os jovens de lá, o que anseiam, do que gostam, como vivem...
Tudo isso é muito difícil de aferir, mesmo porque estamos falando de uma juventude muito diversificada, como a nossa, mas talvez o que a difere da nossa seja justamente sua austeridade. Não esqueçamos qua Paris foi o coeur do emblemático episódio de maio de 68, o seio de um movimento contracultural de magnitude ímpar — cuja repercussão se faz perceber ainda hoje.
O que parece mais evidente nesse paralelo é a voz forte que eles têm, bem como o não-conformismo diante das injustiças sociais. Numa realidade na qual cada vez mais as pessoas têm capacidade de se indignarem e, ao mesmo tempo, não irem além do sentimento de indignação, os jovens franceses demonstram não terem perdido o espírito reacionário. Se há algo errado, eles não engolem mesmo, e movem céus e terra para fazer valerem seus direitos.
Achei no blog Agit Moura um texto opinativo sobre revoltas sociais mais recentes na França.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

De la musique, ça va?

O mais interessante dos blogs é que (eles) nos permitem expor nossos gostos e externar a âmbito público, num universo rizomático e sob égide do anonimato — que é essencial —, coisas intrínsecas e idiossincráticas. Mas o que estou dizendo?
Ora, não passou de uma reflexão do mais profundo bojo de meu ser. Mas não vem mais ao caso. Aliás, o que vem ao caso e me trouxe aqui foi um espaço dentre milhões, como este aqui, onde alguém apreciador(a) da música francófona (que vai além da francesa, pondere-se) expõe nesse mundo em rede coisas muito interessantes, compartilhando com os afins, com um público segmentado (o que é a dinâmica do blog senão essa?), aquilo que lhe apraz.
Fica a dica aos que apreciam, como a autora do blog e eu, a música francófona, ou simplesmente estão abertos a vir-a-ser um apreciador.

Les années les plus emblématiques

Num post desse mesmo blog, falei algo sobre a interferência da França na formação socio-cultural brasileira.
Neste blog, encontrei uma relação da intervenção da França numa perspectiva historico-artística. Ele fala dos anos mais importantes em que houve grande interferência francesa no domínio das artes, da Missão Francesa — com Debret, Montigni e outros —, em 1816, ao Cinema Novo (1958-68).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Verger soteropolitano

O fotógrafo francês Pierre Verger "a tombé d'amoureux" (caiu de amores) pela Bahia. Em sua obra fotográfica, a negritude é tema constante. E sua história de vida...que história!
Largou Paris e a vida que tinha —­ e que nunca lhe agradou — e lançou-se no mundo a fotografar, fotografar. África e Brasil conquistaram o fotógrafo (e antropólogo), fazendo-o fascinado pelos povos de descendência africana. A Fundação que tem seu nome leva a conhecerem-no melhor os que só ouviram falar nele.
No blog Leões e Cordeiros, mais sobre vida e obra de Verger...et plusieurs bonnes photos.

D'ailleurs, qu'est-ce que c'est La Francophonie?

Já se deve ter percebido que a palavra francofonia tem aparecido neste blog com uma certa frequência. Como não se trata de um vocábulo conhecido de todos, achei digno dedicar um post a explicar isso.
Mas logo vi que me daria um bom trabalho, pois é um conceito amplo. Então achei um artigo no blog Grande Ponto que esclarece bem o termo em questão. Aliás, para quem lê em francês (os francófonos!) o Francophonie en blog é uma boa opção para saber mais sobre o universo dinâmico da francofonia. Bon appetit.

La Francophonie est dans tous les continents de la planète. Voilà la vidéo!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cannes 2009

Amanhã será a abertura 62ª edição do renomado Festival de Cannes. Entre 13 e 24 de maio a cidade francesa deve ferver, como de praxe. E, no grand finale, o mundo da sétima arte conhecerá os novos premiados e o ganhador do cobiçado Palm d'Or. Entre os franceses que concorrem, a comédia dramática "Lhes herbes folles", de Allain Resnais. Mas do páreo acirrado advêm surpresas, (quase) via de regra. É esperar para ver.

Mitos e verdades sobre os franceses

Aristóteles, o filósofo grego, eu não sei. Mas seu homônimo brasileiro foi à França e filosofou um pouco sobre os costumes e lugares-comuns que se diz sobre o povo de lá.
Em seu blog, ele desmistifica — segundo as impressões que pôde registrar de quando teve contato com o peuple français, em experiência de intercâmbio — alguns dos estereótipos grotescos que se tem aqui no Brasil e em outras partes do mundo em relação aos franceses.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Da blogosfera 2: d'autres regards sur le Brésil

"Vantagens e inconveniências do Brasil". Tão rápida e sucintamente este blog se descreve, como este post o será. Se vantajoso ou inconveniente vê-lo, só vendo o saberás.
Para além de um comentário tão simplóreo e dotado de pretensão poética, acrescento algo que valha o post. "Mon Brésil" é mais um blog de um francês se aventurando em terras canarinhas, registrando suas impressões sobre o que experiencia aqui. Ele escreve em francês, mas tem umas coisas interessantes, do tipo analogias culturais franco-brasileiras etc. Enfim, basta um clique!

Club de France

Uma semana se passou. Nesta segunda semana, inicio um outro ritmo de produção: desta vez serão duas postagens diárias ao estilo "Post-Filtro" - link+ comentário breve.
Se possível for, algo a mais haverá. Mas o tempo está de plus en plus escasso.

Na semana passada foi inaugurado, na Praia do Canto, um espaço que promete ser um pedacinho de Paris em Vitória. É o Club de France, que conta com um espaço cultural de exposições (a primeira delas é do pintor inglês Gregory Fink), um café, lojas, e até um spa, pasmem!
Com arquitetura inspirada no famoso Café de la Paix, de Paris, o espaço Club de France fica na rua Celso Calmon, 267, Praia do Canto, e pode ser visitado das 9h às 21h. Ficará lá até 12 de julho. Ne perdez pas ça!

sábado, 9 de maio de 2009

Les portraits d'une réalité

Je sais qu'aujourd'hui je ne suis pas "obligé" d'écrire ici. Mais peut-être c'est juste pour ça qu'il m'a donné l'envie, quand-même, étant donné la facultativité des week-ends en voie d'évaluation.
Au fait, j'y viens ce samedi - où je pourrais très bien être ailleurs, en faisant quelque chose d'amusant - parce que je viens de rencontrer sur le TV5, des émissions sur l'année de la France au Brésil, avec de nombreuses vidéos intéressantes. Donc, tout d'un coup, j'ai décidé d'y venir et écrire un peu.
En plus, comme samedi ne compte pas comme évaluation, je peux enfin en profiter et exerciter mon français, en écrivant tout comme ça! ce qui beaucoup me plaît. Je fais des excuses aux francophones qui me lisent par des erreurs que je vienne à commettre; en effet, bien que je rêve d'avoir un français parfait, ce ne m'est pas encore arrivé, malgré mon éspoir.
Mais allons au fait; celui même qui m'a touché et éveillé l'envie d'enregistrer quelque chose là. Cela m'est arrivé lorsque je voyais une vidéo sur le photographe français JR (en savoir plus ici) qui est venu à Rio de Janeiro, où il a fait ses beaux travaux auprès des enfants pauvres de la banlieue, à la favela da Providência, la plus antique du Rio. Au milieu d'une réalité de violence, que nous connaissons bien, ils ont interompu le cotidien de peur pour aller aux escaliers et taudis de la bidonville et y faire de l'art. JR a rendu hommage aux mères, en enregistrant sur les murs de la ville des visages féminins des femmes touchées par la violence.
Ça a été un travaille mémorable. Là on voit la France qui nous a envahit (au bon sens) pendant des ans et qui continue aujourd'hui encore en le faisant à travers de la culture, de l'art. C'est plausible ce travaille, ainsi que tant d'autres réalisés ailleurs.
Voilà! Pour l'instar c'est ça ce que je voulais partager avec vous. Ne laissez pas de voir les merveilleuses photos qui ont été imprimées là-bas. À la réflection, on jette un coup d'oeil sur la façon superbe dont l'art a le pouvoir de changer des réalités sociaux n'importe quelles.

J'aurais voulu mettre la vidéo ici, poutant comme je ne l'ai pas trouvée dans youtube, je ne mettrai là que le lien pour que vous puissez les voir - il y en a plus qu'une. Le travaille des photographes est vraiment fantastique, je reviens à souligner. Ah, le lien pour le site du projet "women" est celui au-dessus. Profitez-en!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Da blogosfera: Un regard sur le Brésil


Se o assunto é blog, pus-me a vasculhar a blogosfera francófona procurando por algo interessante. Encontrei este blog que tem uma perspectiva do nosso país e é escrito para a comunidade francófona. O blog é de Jean-Jacques Fontaine, um jornalista suísso que vive no Brasil e produz conteúdos sobre diversos assuntos, como ele descreve na apresentação do blog:

"Je vous propose des informations sociales, économiques et environnementales, sur ce pays contradictoire et fascinant. Vision-Brésil est d'abord destiné à un public francophone attaché au Brésil".
("Proponho a vocês informações sociais, econômicas e sobre meio ambiente, sobre este país contraditório e fascinante. Vision-Brésil é principalmente destinado ao público francofônico daqui do Brasil").

Encontrei também o Blogbar do Fontana, uma boareferência de know-how (ou, leia-se, savoir-faire, ça semble mieux ici) a esmerarem-se os iniciantes na arte de blogar. O Blogbar é um espaço bem eclético que concilia os mais diversos conteúdos. Tem de tudo um pouco lá, voyez-le.
Já este blog (aqui) apresenta um conteúdo bem lúdico, dando conhecer os brasileirismos ao peuple français de maneira bem dinâmica, com piadas, contos e adivinhações ("les dévinettes"). E tem até difusão da "língua brasileira" (abro um parêntese para o que ouvi certa vez na aula de francês: os franceses admiram a língua portuguesa, mas têm um pé atrás com o acento lusitano; eles gostam mesmo é do português brasileiro, e também pudera né!).

Por terem uma fonética bem diferente da nossa, os franceses têm dificuldade para pronunciar certos fonemas, ao que nos soa engraçado as tentativas deles de falar português. Além do característico "r" gutural, a projeção dos lábios - que jocosamente chamamos de 'biquinho' -, eles não conseguem produzir o nosso "l" com som de "u". Essas peculiaridades tornam o sotaque francês facilmente identificável aqui.

Mas não pensem que os brasileiros tenham menos dificuldade para assimilar a hermética fonética francesa. A maior parte precisa de algunss anos treinando para poder se passar por francês nativo; parler français c'est vraiment difficile!... não sei como consegui driblar esses meandros com boa performance em pouco tempo, "ça été un coup de chance - et habilité aussi -" (foi um golpe de sorte...), comme disent-ils.

Surpreendi-me com as coisas legais que pude encontrar nessa expedição rumo à la blogosphère. Et toi, mon lecteur, t'es-tu étonné aussi?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Paris accueille nos films

O longa "Verônica" está entre os filmes concorrendo a prêmio no festival

Se a França vem a nós com todo seu charme neste ano, podemos dizer por outro lado que a recíproca é sim verdadeira!
Isso porque depois do Ano do Brasil na França (2005), que deixou os franceses com gostinho de "quero mais", as representações brasileiras da sétima arte ganharam os cinémas de Paris na décima primeira edição do Festival du Cinéma Brésilien de Paris, entre 29 de abril e 12 de maio. Entre ficção e documentários, ao todo o festival conta com a exibição de 30 filmes. Na primeira semana, serão exibidos os longa-metragem ficcionais, e a partir do dia 6 de maio é a vez dos documentários.
Dentre os temas homenageados deste ano, tem destaque a bossa nova, que completa meio século.
E também, é claro, um júri profissional vai eleger e premiar os melhores longas, nas categorias melhor filme, melhor ator e melhor atriz.
Destaque para os documentários "Coisa mais linda - Histórias e Casos da Bossa Nova", de Paulo Thiago, "A Casa do Tom", de Ana Jobim, e "Vinícius", de Miguel Faria Jr.
A bossa também estará presente na competição de filmes de ficção em obras como "Os Desafinados", de Walter Lima Jr, uma crônica do Brasil dos anos 60 e 70 através da história dos músicos de um grupo de bossa nova, ou "Chega de Saudade", de Laís Bodanzky, que conta as histórias de um salão de baile de São Paulo que serve de ponto de encontro para homens e mulheres que dançam para fugir da solidão.
"Feliz Natal", de Selton Mello, "Meu Nome Não é Johnny", de Mauro Lima, "Se Nada Mais Der Certo", de José Eduardo Belmonte, "Um Romance de Geração", de David França Mendes, "Todo Mundo Tem Problemas Sexuais", de Domingos Oliveira, e "Verônica", de Maurício Farias, completam a seleção em competição.
"Palavra (En)Cantada", de Helena Solberg, terá no dia 12 de maio a honra de encerrar o Festival, no qual a música será também a protagonista principal com a participação de grandes músicos e cantores brasileiros.

Na procura por um olhar analítico dos clássicos, dê uma olhada no blog da Patrícia.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Un petit peu d'histoire...

Há quem resista em admitir, mas um pouco de sangue azul corre em nossas veias!
Entre encontros e desencontros, as insistências dos corsários franceses em suas sucessivas investidas no litoral do exuberante Brasil deu no que falar – e deu frutos. Desde o século XVI, nossas histórias se entrecruzaram e desde então há imbricações inegáveis. O fracasso da tentativa de Villegagnon em fundar seu refúgio de huguenotes perseguidos na França Antártica, baía de Guanabara, quando foram expulsos pela turma de Estácio de Sá e os Araribóias, não os fez absolutamente desistir de deixar suas marcas por aqui. Logo mais em princípios do século XVII foi a vez da França Equinocial – nova tentativa de investida francesa no Brasil colonial. Malgrado os esforços, deram com burros n’água encore.
Adentrando o século XVIII, constatamos que os principais movimentos que desencadeariam a ruptura do colonialismo português rumo à independência brasileira tiveram nítida influência dos ideais libertários da Revolução Francesa – “Liberté, Égalité et Fraternité”, como já bradava o lema. Vide a Inconfidência Mineira.
Aos mimos e pompas do esdrúxulo período imperial de nossa história, a nação de Napoleão com toda sua imponência adentrou-se de vez “dans notre coeur tel que flèche poisonnée” engendrando-se em nossa incipiente cultura europeizada nos domínios das belas artes – ó inconfundível belle époque!. De mais a mais, aliás, engana-se quando se pensa que dizer que o Brasil teve uma formação cultural por demais europeizada, alicerçada nos padrões do Velho Mundo...leia-se aqui, caro leitor, à vez de cultura europeizada, cultura afrancesada, “on dirait plutôt”.
Aventurarmo-nos a contar os domínios nos quais há influência francesa em nossa formação cultural, decerto perder-nos-emos. Tamanha a vastidão de ingerências, do vestuário, passando pela culinária, ao léxico, ser-nos-ia de fato tarefa vã. Partout on trouvera le glamour français!
Désolé, mas o post já está ficando longo. Podo-me os dedos e despeço-me por aqui. Afinal, post grande fatigue tout le monde, c’est décidément interdit.

Mais voilà une vidéo où on parle de cette influence, laquelle se fait appercevoir dans des petits détails, au jour le jour de tout le monde.



terça-feira, 5 de maio de 2009

É Ano da França no Brasil!

"La liberté guidant le peuple" (Delacroix)
O que eu havia planejado escrever hoje foi descartado. Então iria adiantar o post que tinha planejado pra amanhã, pensei. Mas como estava escrito em francês, achei inconveniente postar. Então, como alguém disse esses dias em reflexão pertinente chez Gilles Deleuze, "na sociedade do controle, é tempo de reinvenção constante, nada para!".
Bom, acho justo começar por definir algo sobre o quê tratarei diariamente neste espaço. Feitas críticas ao rebuscamento da escrita, tentarei ser mais objetivo e conciso, faire quoi!
Fator pragmático: não decidi falar da França assim, do nada. Decidi, antes, porque este ano é emblemático no que diz repeito às relações diplomáticas entre nosso país e o de Foucault, quer no âmbito político, quer no cultural, econômico, social etc.
A visita do casal presidencial francês ao Brasil no final do ano passado já tinha como uma das pautas a implementação das diversas atividades a se realizarem entre 21 de abril - quando da inauguração oficial do "França.Br 2009" e 15 de novembro deste ímpar 2009. Pretendo falar sobre algumas dessas activités em breve.

Uma sinopse das atividades de intercâmbio França-Brasil e muito mais pode ser conferido no site da França.Br2009. (veja o link)
Leia o comunicado de imprensa sobre o evento de abertura aqui.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Enchanté!

Désolé, je suis en retard

Eu devia ter criado este blog uma semana antes. Porém, por estar me recuperando de uma cirurgia au nez, tive de me ausentar às aulas e às demais atividades nas quais estava envolvido e, portanto, acabei ficando defasado em relação ao restante da turma. Mas vou tentar acompanhá-los e reaver o tempo perdido. Vamos que vamos!

Au début, c’était chaotique... après c’est devenu mieux.

A feitura e a manutenção deste blog são consequencia de uma decisão extrínseca a minha pessoa – deixo de sobreaviso. Digo-lho, mon lecteur, porque quando do anúncio da ideia, partido do professor da disciplina de Jornalismo Online , não me senti nada contente. Par contre, a imposição de uma incumbência de tal ordem em se tratando de um blog é no mínimo indigesta, convenhamos. Como o professor mesmo dizia outra vez, e foi bem lembrado pela colega Paula em seu blog , blog é tesão, é vontade. E sob pressão de força maior, ver-se coagido a tramitar um tema, racionalizar um nome e dar à luz este filho de gestação um tanto bouléversé me foi bastante intragável.

Ainda bem que o efeito passou subitamente. Tão logo, vi-me sob uma tempestade de ideias colossais (pardon, sou hiperbólico) e em meio às dicas de amigos. O projeto fluiu e o gosto amargo de fel do princípio fez-se doçura de melado, douceur para os francófonos. Aos franceses, brasileiros e/ou amantes disso aqui como eu, dirijo-me audaz e heureux, pretendendo-lhes mostrar o que de interessante encontrar. Le voilà!