domingo, 2 de agosto de 2009

Jean-Marie Vianney, un exemple de prêtre

Católico que sou, cá estou a lembrar São João Maria Vianney, cujos 150 anos de falescimento são lembrados pela Igreja neste domingo, o dia do Padre.

Há dois aspectos de relevância. O primeiro deles é que este XVIIIº Domingo do Tempo Comum, na liturgia da Igreja Católica, é o primeiro do mês de agosto — no qual celebramos o mês vocacional. O segundo é que, conforme o papa Bento XVI instituiu, entramos no Ano Sacerdotal (até junho de 2010), justamente por ocasião dos 150 anos da morte do Padre João Maria Vianney, considerado o patrono dos párocos.

Nesse contexto, somos convidados a refletir o papel da vocação religiosa no seio da Igreja e no mundo. Na missa de hoje, o padre lembrou que muitos desses vocacionados, que dedicam sua vida ao trabalho pastoral, são muitas vezes esquecidos pela sociedade; muitas vezes envelhecem desassistidos, depois de dedicarem longos anos de suas vidas assistindo os necessitados. Triste é essa realidade de muitos dos poucos sacerdotes que temos (pouco mais de 18 mil, num país de 155 milhões de católicos — enquanto na Itália há um padre para mil fiéis, no Brasil, país mais católico do mundo, a discrepância chega aos patamares de um padre para cada 10 mil pessoas).

É ocasião também de os valorarmos mais, bem como orarmos pelos que recebem o chamado de Deus à vocação sacerdotal, que não é nada fácil. Uma vida de despojamento e dedicação às ovelhas que pastoreiam pela causa do Reino.


Le Prêtre Vianney

Canonizado em 1924 pelo papa Pio XI, Santo Cura D'Ars (como também conhecido) nasceu na cidadezinha francesa de Dardilly, nos arredores de Lyon, em 1786. Viveu naquele contexto de fins do século XVIII (contexto de agitação e intensos movimentos políticos — Revolução Francesa e desdobramentos) e século XIX. Fruto de uma pacata família de camponeses, num lar humilde e devoto, fez-se padre.

Com efeito, sabemos que na França desse período já havia uma mentalidade fortemente influenciada pelo Pensamento Iluminista; um contexto desafiante para a vida sacerdotal. Vianney sofreu com a repressão religiosa, contudo resistiu piedosamente e teve uma vida santa, servindo de exemplo de sacerdócio e construindo uma bela missão religiosa na cidade de Ars — daí o nome Cura D'Ars.

Na certeza de que, junto aos outros santos da Igreja, Vianney também está na presença celeste, contemplando a face do pai, fica a exortação: São João Maria Vianney, Rogai por nosso clero!

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